O Conceito de Flexibilidade
Desenvolvemos um pequeno plano diretor e um conceito de flexibilidade que foi a base do partido arquitetônico e que acabou determinando toda a seqüência do projeto. O plano diretor determina a localização básica das atividades dentro do galpão e a posição dos outros elementos do projeto no terreno, tais como acessos, circulação, estacionamento, posição da central de utilidades e das estufas. Determina também as possibilidades de ampliação do conjunto.
A flexibilidade foi garantida com a criação de espinhas de instalação que foram distribuídas pelo galpão de acordo com o novo layout proposto. As espinhas são como que emissários da central de utilidades dentro do edifício, compostas de toda a gama de infra-estrutura disponível (água, esgoto, gás, força, dados, etc.). Todas as áreas de atividade significativas do laboratório estão conectadas às espinhas de instalação.
A Ocupação do galpão
Uma vez fixado este conceito, imaginamos o grande laboratório padrão ocupando toda a área central do galpão de pé-direito de 8 metros. As longas linhas de bancadas, conectadas às espinhas de instalação, foram montadas ao longo do tempo, na medida da necessidade, com grande facilidade e rapidez. Flanqueando o laboratório central estão as salas controladas (temperatura e umidade), cada conjunto desempenhando uma atividade específica.
Completando a ocupação do galpão, as bordas do edifício foram ocupadas com novos pisos em estutura metálica, conectadas com uma passarela/ponte que funciona como observatório do laboratório central. Nesses pisos estão localizados os escritórios e outras atividades de apoio.
A Ampliação
A nova ala de laboratórios (ampliação) foi pensada como um grande container apoiado sobre pilotis. Esta estrutura, somada ao painel quebra sol da fachada frontal e aos biombos de telha metálica da fachada dos fundos formam um elemento externo que adere ao galpão existente, transformando sua volumetria e estabelecendo uma nova identidade para o conjunto.